Poema de Brisa e Raiz: Um Encontro Sensorial entre a Maciez do Doce, o Sopro das Flores e o Mistério da Terra.
Criado para os que habitam entre a doçura do afeto e a delicadeza do efêmero, este conjunto de velas é um respiro entre mundos: o calor que conforta, a leveza que passa devagar, o mistério que permanece. Vanilla, flor de cerejeira e figo — três formas de dizer o indizível.
A vanilla é colo — macia, profunda, quase uma lembrança de infância que mora no ar. Extraída com delicadeza e tempo, carrega o dom de aquecer até os silêncios.
A flor de cerejeira é um instante. Uma presença que mal se vê, mas se sente: leve, etérea, como se o vento tivesse perfume.
E o figo… o figo é raiz e fruta ao mesmo tempo. Verde, maduro, suculento e terroso — como se o verão deixasse pegadas na pele.
Ao acender, a vela dança em camadas. A saída é fresca como um jardim molhado de orvalho. O corpo, floral e sereno. E o fundo, quente, doce e inesquecível, como quem chega e fica, mesmo depois de ir embora.
São velas para desacelerar o tempo. Para tardes sem pressa, cafés esquecidos, ou noites que pedem mais presença e menos barulho.
A cera vegetal de coco derrete devagar, como tudo que vale a pena. A chama não se repete. Cada acendimento é um novo capítulo.
Acenda quando tudo parecer demais ou de menos. Deixe que o aroma reorganize o mundo por dentro.
Nota:
Essa vela não quer só perfumar sua casa.
Ela quer morar nas suas lembranças.
E talvez, só talvez, te lembrar que você ainda sente. E sentir é um jeito bonito de existir.
